16.3.09

VINIL VIL, VIL VINIL

a página acendeu-se.
este seria o poema certo para te ler,
mas...

não estou aqui para ler poesia,

fechou-se o cardápio,
volta quando a noite cair
do cimo de si onde se sustenta,
espalhada no chão,
confusa de estrelas e astros
assustados pela enorme queda
(chora mais quem cai primeiro,
é a regra do cosmos,
para que o último escute esse eco.
... não é uma questão de ego...
é uma questão de eco-eco-eco-ec-e-...)

Se preferes a lua cheia porque não
compras uma somente para ti?
Tu e a tua-lua-tua-lua.

Não me olhes com cara de mau,
sabes que não é assim que te vejo,
o reflexo é sempre o do outro
e esse já sabes, comove-me
provoca-me inquietude,
deixa-me os dedos calados-colados.
Deixa-me os dedos parados.

Enquanto o teu nome couber inteiro
no vinil antigo
e os Velvet disserem de ti
o que tu apagas,
este dia continuará a ter qualquer coisa de teu
-não sei se a luz, se o cheiro, se a impressão de te ver entre outros-
ou tu, aqui,
neste lugar arredondado
onde guardo mundo
em quadros sem telas.

O vinil é um tipo de plástico muito delicado e qualquer arranhão pode comprometer a qualidade sonora. Os discos precisam constantemente ser limpos e estar sempre livres de poeira, ser guardados sempre na posição vertical e dentro de sua capa e envelope de proteção. A poeira é o pior inimigo do vinil pois funciona como um abrasivo, danificando tanto o disco como a agulha.

(in Wikipédia)

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