1.12.11

Agressivo

Vou escrever o teu nome até que lhe esqueça os ecos...
Imagina comigo:
 as tuas mãos distantes como ilhas observada em mapas antigos,
o sol desfeito em dois, metade para ti, metade para mim,
sem discutir acasos ou ocasos.
(afinal fui eu que vi o pôr-do-sol e isto sim, era um capricho).

O mar faleceu nas profecias,
nunca tarde, nunca cedo,
apenas Verão.
Este ano demasiado longo, diz-se
(olha para mim a julgá-lo ainda aqui, perto de mim).

Que tens que pagar as contas,
fazer carreira,
justificar o tempo a enchê-lo de coisas.
Pois que seja, eu vou pelo mansinho que me trouxe,
faço o manifesto longe e há-de ser um poema agreste.