25.6.08

13.

YOUR EYES,

THEY TELL ME...

14.

fechas a mão porque te dói agarrar o tempo.

com os dedos cerrados, a duração que é um poema de amor (peter handke) destróis o castelo de cartas por escrever e a memória apaga-se, caprichosamente.

24.6.08

15. "Lá fora é Verão outra vez"

a luz percorre este mundo de lés a lés.

Agora a memória aperta e vai para todos os lados, indistintamente.

Ao mesmo tempo, o desejo de arrumar tudo no lugar certo, esvaziar o armários, rodopiar.



Escrevo-te para dizer que a estação das chuvas acabou, que agora o caminho

20.6.08

13.6.08

Intolerável , meu caro amigo

Agora é tarde e deves descansar o dorso do teu silêncio, numa almofada cheia de velhos ácaros.

Encostas-te à janela, mas é indiferente o movimento da luz, porque os olhos ardem, aflitos... ausentes.

De qualquer forma, sabes que vais voltar a tentar. É como subir um elevador para lugar nenhum, disseram-te com escárnio.
Confia em ti, pateta, vinga o peso do teu corpo.
Sem cedências.

(De qualquer forma, o vidro está partido outra vez. O carro cheira a cinza e está sujo. A avó ligou, diz que o gato está doente. Não mia, nem fala.O meu dedo está farto de apontar o norte. Sigo-o ou sigo-te mais logo, quando a lua estiver mais alta do que o meu ego).