Era em comoção que observava o seu movimento circular, metamorfoseada em bola-espelho, na cambeante luz do sol.
Inundava-me um mar muito antigo, lendário, narrado há muito tempo por belos seres marinhos e eu meditava silenciosamente um poema que nunca mais me lembrarei.
Só depois de três lágrimas muito quentes, voltava a sorrir e ela sorria comigo e eramos uma - UNA- extremamente iguais. A oficina desmantelada, quebrava-nos a medula e era triste observar os corpos abandonados, transbordando amor, delicados-deliciados pelo piano inventado a três.
Ele era o outro habitante, quedado na plateia, assemelhava-se ao que de mais belo poderei recordar. Para ele tomei de empréstimo al berto, Nému ,e carinhosamente abracei-lhe o coração.
Um no outro, era na transparência , que inventávamos o movimento, respirando o ar, atravessando os corpos alheios (cont. ....ou não)