rasante nome teu,
sob o silêncio ergue uma torre,
lá dentro vive um pássaro e um monge,
murmuram baixo melodias de ave,
são os sons do amor puro, dizem os que por ali sempre-nunca passaram.
o fonema que se produz nos redutos preciosos que ali ficam,
servem de inspirada constelação à alma transeunte,
amélie poulain recorda que ainda existem cidades verdes no íntimo dos olhos:
esta valsa é para dançar ao contrário,
esticar as notas para que façam corda de um lado ao outro lado do mundo.
proponho-te a escalada deste trapézio,
passaremos pela fome de mãos enxutas e valentes,
a preciosa pétala da tua angústia lentamente florescendo para outra imagem...
se o coração tiver o tamanho destas revelações,
o ritmo de um novo samba alastrará beleza
e o pássaro não terá sido em vão.
fecho os olhos,
coloco os ouvidos do lado avesso
- o único que ainda inteiro escuta cantante sangue-
existes.
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