23.11.10

I'm in love with Bill T. Jones ( o amor é uma cratera deveras funda, embora partilhada)

"Estive à procura de quem eu era e do que quer dizer existir num mundo o da arte do qual sempre me senti alienado. Foi o mundo da arte que me fez, mas, dentro dele, nunca cheguei a perceber quem eu próprio era. Lembro-me de, em 'Last Supper at Uncle Tom's Cabin', que é de 1990, ter decidido ter a minha mãe no palco a rezar ao seu deus enquanto eu dançava às cadências da sua oração. Não estava a dançar a sua oração estava a dançar com a oração (é uma dança abstracta, no sentido pós-moderno). Fiz isto porque quis falar dos enquadramentos de intenções na arte. Se um artista diz que qualquer coisa é arte, para mim é arte. Pensei que se pegasse na minha mãe e nas suas orações e as pusesse em cena, elas se tornavam outra coisa. Quis acabar com as barreiras entre o que era entendido como cultura erudita e cultura popular. Era uma guerra que eu travava há anos mas para pessoas de horizontes limitados este tipo de atitude tinha sempre a ver com protesto social."
Bill T. Jones

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