Não arrastes o relógio, deixa-me debruçar sob o ponteiro,
reparar o lapso da linha que se pressente a desmoronar.
as matérias dos meus vícios brilham nesse palco,
chamado TEMPO,
mutáveis e gigantes,
já foram moldadas por outras mãos,
reconhceidas por outros narizes,
Miró deitado ao meu lado, recorda-me
as constelações,
por isso dedico-lhe
-dedilho-lhe-
esta metáfora,
enquanto aprendo novamente a comover-me,
a sentar-me direita numa cadeira torta,
a cozer batatas para apedrejar o ruído do meu coração.
Acrobatas e poetas,
chamados á recepção!
- a mulher onírica tem caprichos,
quer chorar!
Sozinha não consegue,
tentou, inutilmente:
espetou a agulha no mesmo sítio,
oito vezes, sem parar.
As lágrimas não vieram...
daqui a uns anos, quando se lembrar,
terá nos olhos esse rio,
essa consequência.
A MEMÓRIA É O KARMA DOS DESASSOSSEGADOS.
Por agora é tudo,
tenho o compasso quebrado
e ainda gostava de desenhar um sol
ou um daqueles rostos que fazía quando
pensava que as caras eram todas iguais redondas e a sorrir.
Vai tarde esse tempo,
julgo que Maria ou Francisca saberão do que falo,
mas elas são os tesOUROS calados,
a navegar num outro mar.
Regresso.
O relógio afinal, esteve sempre parado.
gosto, MUITO. :))
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