23.8.10

Sobre a escrita (o que ainda apetece dizer sob o candelabro intermitente do coração)


Escrever em act….o….s d…esc….ontí.-n----uos.
Escrever em diferentes cenários.
Escrever em esquizofrenia.
Ausentar-se para aproximar.
Tomar café e morrer.
Depois, tornar lúcido, sob a superfície translúcida da chuva.

Inadaptação contínua
As notícias do telejornal projectam o estado do mundo:
continua a revolução superficial!
“Só acredito na revolução feita dentro dos homens”
Artur do Cruzeiro Seixas


(em voz off, alguém improvisa desígnios)
1. A verdade a partir da pele chega para transtornar.

2. Qualquer mudança, se estrutural, é incendiária.

3. O amor pode acalmar a sede de arquipélagos, mas não aniquila o poema, transforma-o.

4. Quando quiseres volta a dormir junto à pele, o único lugar onde - ouvi dizer - é possível renascer incessantemente.

… e eu sei que te anima sentires-te um homem novo,
que te dói a velhice e não suportas cansaços...
mesmo que seja inevitável fragmentar a epiderme em rugas
e ver a agilidade dos olhos quebrar-se na monotonia dos dias iguais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário