9.6.07

Carrossel....


E então ela entrava-me na vida, derrubando a porta de entrada, sem pensar nas cicatrizes, no coração todo amassado, numa espécie de caricatura horrenda e inevitável.


Não era o perfume dela que procurava, nem era a rua dela que eu queria cruzar, mas escapava-me primeiro o pé, depois o sol, muito mais tarde uma inútil lágrima (que me lembrava sempre o Inverno), nesses caminhos escuros, onde morri como quem vive.


Já não te espreito na fechadura da memória, já não te levo no carrossel. Deixei-me de apertos. Agora quero aviões e passaportes ilimitados... Parte-te em cacos.


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