No lado esquerdo da tua mão, acumulavas recados que nunca lias.
Dizias que a surpersa-segredo, guardada entre dedos, mantinha-te aceso no susto de estar vivo.
Nunca me surpreendera a tua ausencia fragmentada em dilúvio, nem as tristes cores com que cosias os teus pés à terra, mas a interna-eterna maré circular do meu silêncio, sonhava-te carne viva-sangue em tenebroso rastilho, nas artérias desarticuladas da bailarina que não cheguei a ser.
Oculto, na transcendente manhã, fica suspenso um circular segredo:
Ainda gostava que perdesses os medos e te desses ao vento clandestino, onde o corpo-fragata, inventa sucessivos regaços aquosos, num simulacro de morte renascida e acolhedora.
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