Havemos de ter incêndios -diversos- na pele, nas ranhuras da alma, nos limites dos dentes.
Fracturas delirantes ou farturas -de sabor deveras duvidoso- a lembrar-nos de que a vida é tal e qual uma pequena feira (repetida),
num pequeno largo,
numa pequena rifa a fazer-nos rir de coisas pequenas (as enormes).
Amanhã seremos aparentemente salvos -e cada vez mais sós-
ah, não percam tempo a interpretar a casualidade da alma humana!,
um verso tem a força de um pensamento presente!
(embora persista, arda, fulmine, sangre, transforme)
Na comunidade, como por exemplo essa, onde o Pacheco (ainda) dança doido e tonto como uma estrela demente,
as mulheres amam-se pelo que de belo têm
e o belo é o silêncio...
1ªvolta da dança:
Vá, vamos!.......................................................................................................................
- isso é utopia. isso não é esse tanto. a poesia -se dessa estirpe- que se esfregue com limão, que fique ácida e corroa!
2ª volta da dança:
Cresço em modo gerúndio e imperfeito.
Talvez assim se explique o intuitivo rasgo de viver,
o apelo para a escuta do coração
(do teu também. do teu, essencialmente.)
(do teu também. do teu, essencialmente.)
O verdadeiro dialecto -esse, o que não foi dilacerado-
sobrevive encarcerado, celular, vibrante, sensível.
Sem voltas:
Transtorna (-me) a ordem certa do relógio
-para que se saiba, parti o vidro dessa estatura e fiz dos ponteiros raios que me partam e,
esses, que me iluminem ou devorem-
esses, que me iluminem ou devorem-
Vou procurar o tempo em ti, no outro, além, ali.
Vou rasgar o itinerário todo,
incinerar o umbigo, fortalecer a anterior identidade.
À planta dos meus pés oferecerei cometas,
a profecia certa para danças ou conversas
(dói-me a dor que há-de vir, acende-me a alegria que há-de ser)
O calendário cai como folhas de Outono,
tenho sono,
cesso a paródia,
venham mais cinco ou seis,
se formos muitos podemos rimar a vida com liberdade
e IR...
finalmente.
belo!
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