13.6.08

Intolerável , meu caro amigo

Agora é tarde e deves descansar o dorso do teu silêncio, numa almofada cheia de velhos ácaros.

Encostas-te à janela, mas é indiferente o movimento da luz, porque os olhos ardem, aflitos... ausentes.

De qualquer forma, sabes que vais voltar a tentar. É como subir um elevador para lugar nenhum, disseram-te com escárnio.
Confia em ti, pateta, vinga o peso do teu corpo.
Sem cedências.

(De qualquer forma, o vidro está partido outra vez. O carro cheira a cinza e está sujo. A avó ligou, diz que o gato está doente. Não mia, nem fala.O meu dedo está farto de apontar o norte. Sigo-o ou sigo-te mais logo, quando a lua estiver mais alta do que o meu ego).

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